sábado, 30 de abril de 2016

Sabe o que é pior que o governo? A OPOSIÇÃO

Só existe uma coisa pior que o governo no Brasil: a oposição.
Poucas coisas são tão difusas e descompromissadas com qualquer ideal no país. Enquanto Aécio Neves sonha com uma nova eleição VEJA O COMENTÁRIO DELE AQUI, José Serra planeja tocar O Ministério da Fazenda VEJA AQUI num governo Michel Temer e Geraldo Alckmin quer Dilma Rousseff se arrastando até 2018 para entrar no páreo VEJA AQUI, o tucanato bate cabeça na panela de pressão que virou a política brasileira. Onde entra o governo nessa história? Grudando a ideia de impeachment em Eduardo Cunha, repetindo a pauta e seu nome à exaustão, como se esse não fosse um cenário possível longe dele e da hipocrisia de suas sujeiras. Tudo isso, claro, enquanto negocia com Cunha VEJA DETALHES NESSA NOTÍCIA para manter tudo como está.
Cunha, não por acaso, é o alvo infalível. Com ele, o governo constrói um cenário onde o impeachment deixa de ser uma bandeira das ruas, sem eco político, para se tornar um golpismo de gabinete de um deputado federal corrupto pego com a boca na botija SEU PRÓPRIO BANCO O DENUNCIOU. É o crime perfeito. E tudo isso com apoio da imprensa, que insiste em associar a pauta ao deputado, como se fossem irmãos siameses.
Embriagados em interesses pessoais mesquinhos, os grandes caciques da oposição brasileira realizam um esforço monumental para sustentar Dilma no Planalto. Ou, quase isso. Sem coragem para liderar um processo de impeachment conectado com a população, Fernando Henrique Cardoso pede uma “renúncia com grandeza”, esperando que a decisão da saída ou da permanência fique a cargo da própria presidente. Questionado sobre o impeachment – de interesse de 66% da população,segundo pesquisas ACESSE AQUI – para o ex-presidente, o PSDB está sendo “bastante prudente” sobre o assunto.
E  “bastante” aqui está longe de ser exagero. Prova disso é a posição de Geraldo Alckmin, que há um mês reuniu oito grandes empresários na capital paulista para informá-los a respeito da sua posição sobre o impeachment: é contra. VEJA A SITUAÇÃO Para Alckmin, se Dilma cair por uma razão como as pedaladas fiscais, haverá precedente para que governadores e prefeitos eleitos sejam afastados. Melhor deixar tudo como está.
E Alckmin não é o único. Para Aécio Neves, que voltou atrás da ideia de novas eleições com medo de soar oportunista,VEJAM AQUI o impeachment de Dilma não lhe “favorece”:
“Para mim, o calendário de 2018 é muito mais confortável do que este que está aí”, diz.

O impeachment, por sua vez, não é a única pauta a conectar os tucanos a esse sentimento de “prudência”. Como noticia o Estadão VEJA AQUI, nessa semana José Serra criticou os vazamentos das buscas em curso na Operação Zelotes em uma empresa do filho de Lula. Para Serra, os sucessivos vazamentos sobre as investigações em curso têm sido algo sem precedente no país. Para um dos principais membros do partido que, nas palavras de Lula, representa o genocídio da juventude negra no Brasil VEJAM AQUI e age como os nazistas, é preciso prudência para não arranhar a imagem da família Lula.

De fato, PT e PSDB confundem suas histórias (EM OUTRA OPORTUNIDADE CONTAREMOS A HISTÓRIA DOS DOIS PARTIDOS E VERÁ QUE HÁ MAIS PONTOS EM COMUM DO QUE EM CONTRÁRIO) e ajudaram a construir não apenas os nomes que ocuparam a principal cadeira do país nas últimas duas décadas, como a própria concepção do papel da esquerda brasileira no século 21. No Brasil, os tucanos fingem que fazem oposição enquanto os petistas disfarçam que não possuem um caminhão de similaridades com eles. E a ausência de um confronto político mais robusto é testemunhada ao longo de toda trajetória do Partido dos Trabalhadores no Planalto – da omissão tucana no perdão ao impeachment de Lula no pós-Mensalão ao silêncio em relação aos atentados do chavismo venezuelano à democracia nos últimos anos. Por mais de uma década o Partido dos Trabalhadores pautou o cenário político nacional. E tudo isso sem que o PSDB surgisse como uma opção válida no confronto de ideias.
Envolto em toneladas de escândalos, transformando a economia numa experiência frankensteiniana, aparelhando o Estado brasileiro, destruindo estatais, financiando ditaduras, o PT viu seu caminho livre de qualquer oposição em seus quase 13 anos de protagonismo na política nacional. Por anos, o PSDB vem reiteradamente abandonando qualquer possibilidade de confronto com as ideias que circundam o Partido dos Trabalhadores, envergonhado da sua própria posição enquanto governo nos anos 90.
Se chegamos em 2016 encalacrados pela estupidez política, tal culpa está longe de ser uma exclusividade petista. É tucana também. Nesse cenário, não resta dúvida: os que querem se livrar do primeiro, devem necessariamente condenar o segundo. PT e PSDB são instrumentos obsoletos da política nacional.

Dois lados, Duas mídias e um golpe...contra você !

Bom dia/noite para todos, como foi dito em nosso manifesto elaboraremos um artigo falando principalmente das mídias que recebem dinheiro do governo.
Primeiramente queremos deixar bem claro, que mídias que recebem dinheiro do governo não devem ser consideradas em seus artigos sobre opiniões políticas já que as chances de conteúdos tendenciosos é muito alta, claro. Sejamos racionais ex: Globo (recebe metade da verba para publicidade) faz uma notícia sobre a previsão do tempo e diz que não vai chover, você não precisa desacreditar e achar que vai chover rsrsrs. Nossa desconfiança se refere mais especificamente a artigos formadores de opinião política. Vamos lá

Como a grande parte da esquerda se confunde em questões simples vamos dar uma adiantada
Quem está no Poder? o PT ! logo colocaremos mídias que recebem dinheiro do ATUAL governo.

-"Ainn quer dizer então que vocês são seletivistas, eleitores do aécio, fascistas, golpistas, homofóbicos e acham que não existe corrupção no PSDB??"
rsrsrs primeiramente, Não somos seletivistas, mas o PT está no poder há mais de uma década, no poder federal aliás. claro que existe corrupção em todos os setores do governo como é o caso
do Governador de São Paulo que paga R$ 70 mil reais para um blogueiro anti-petista. VEJA A NOTÍCIA COMPLETA



VAMOS LÁ PARA A MATÉRIA ENTÃO

Ah sim, confiram todos os dados de pagamentos do Governo no site do Portal Da Transparência em especial para a SECOM Secretaria de Comunicação, órgão do governo responsável pela publicidade
LINK AQUI



Brasil 247. Carta Capital. Conversa Afiada. Jornal GGN.
Você provavelmente conhece alguns desses sites ou pelo menos já ouviu falar deles em algum momento: são os maiores portais de notícia de inclinação progressista do país, com viés notadamente em favor do governo.
Junto com eles, você também provavelmente já esbarrou com um ou outro texto do Diário do Centro do Mundo, da Revista Fórum ou da Carta Maior, outras publicações assumidamente de esquerda.
Não se engane: as semelhanças entre esses sites não se restringe apenas à visão política, ela envolve dinheiro. Dinheiro, diga-se de passagem, que, muitas vezes, sai da mesma fonte: o seu bolso. Envolve também empresas de publicidade, governos municipais, ONGs e banqueiros.
Aqui, a primeira parte de um especial com tudo que você precisa saber sobre como funcionam os blogs governistas – seus financiadores, suas ligações com políticos e empresários, e histórias que colocam em cheque a reputação dessas mídias como democráticas.

Naji Nahas e Daniel Dantas são dois nomes fortes do mercado financeiro brasileiro, principalmente quando o que está em jogo são acusações de fraudes financeiras e obtenção de informações privilegiadas.
Nahas virou manchete na década de 1980, após montar um esquema de fraude na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro que lhe renderia milhões de reais em plena hiperinflação. O esquema acabaria descoberto, colocando não apenas a imagem do libanês em descrédito, como também da Bolsa, que desabou no pregão seguinte à sua divulgação.
Já Dantas foi o grande protagonista da Operação Satiagraha da Polícia Federal, em 2008. A ação deflagrou casos de corrupção, crimes no mercado financeiro e lavagem de dinheiro, com o envolvimento do banqueiro, que terminaria preso. Nahas seguiu o mesmo caminho, acusado de participar de um esquema paralelo de venda de dólares. As investigações surgiram após indícios de que o Banco Opportunity, de Dantas, estaria envolvido no esquema do Valerioduto.
Como revelou o repórter Mino Pedrosa, ex-editor da IstoÉ Brasília, com a imagem em risco, Dantas teria acionado um de seus contatos na mídia, Leonardo Attuch, então jornalista da IstoÉ Dinheiro, para publicar matérias que defendessem seus interesses na revista. As reportagens eram, em geral, produzidas por outros jornalistas ligados ao banqueiro, e repassadas para Attuch, então encarregado de assiná-las e inseri-las na publicação. (ACESSE A REPORTAGEM COMPLETA AQUI)
Em escutas telefônicas realizadas pela Polícia Federal OUÇA AS ESCUTAS AQUI, Attuch seria flagrado orientando Nahas a processar Mino Carta (da Carta Capital), Diogo Mainardi (então colunista da Veja) e Paulo Henrique Amorim (da Rede Record e do Conversa Afiada), por noticiarem contra o especulador e o banqueiro. Em 2011, ele montaria sua própria publicação: o Brasil 247, acusado de ser financiado por Dantas, algo que o jornalista nega.
Nos últimos 8 meses, duas acusações contra o 247 surgiram. A primeira foi encontrada num imóvel do doleiro Alberto Youssef, delator da Operação Lava Jato, num monitor de um computador: um papel com a anotação “Leonardo Attuch 11-950206533 6×40.000.00 24/02/2014”, sugerindo pagamentos entre a quadrilha de Youssef e o editor do portal.
247 se defende (VEJA AQUI A DEFESAdas acusações, dizendo que os pagamentos eram referentes à publicidade veiculada pela agência de turismo Marsans. O site, no entanto, omitiu a informação de que, desde 2010, a empresa era controlada por Alberto Youssef.
A outra foi encontrada (VEJA UMA MATÉRIA SOBRE ISSO AQUIem maio deste ano, nas informações bancárias de uma empresa de fachada pertencente ao lobista Milton Pascowitch, outro envolvido na Lava Jato. Numa quebra de sigilo bancário, o Ministério Público encontrou 4 movimentações, no valor de R$ 30 mil cada, para a conta da Editora 247, dona do Brasil 247. Além dos pagamentos, foram também encontradas movimentações milionárias entre as contas da empresa e empreiteiras investigadas. A empresa não possuía um único funcionário.
No mesmo dia dessas descobertas, o Brasil 247 publicou uma matéria mencionando Pascowitch, defendendo a soltura do lobista.LEIA A MATÉRIA DO 247 AQUI
E não para por aí: o site ainda recebe patrocínios milionários de empresas do Governo Federal. Mas isso é assunto para outra hora.

O BARÃO

Durante a década de 1980, a palavra “Barão” era constantemente associada a dinheiro. E a razão era simples: a cédula de mil cruzeiros vinha com o rosto de José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, estampado. Mas aqui, esqueça José Maria: o Barão que vamos falar é outro – ele não possui formalmente um título de nobreza, embora use a honraria como inspiração para um instituto que leva seu nome. E não pense que a falta de um título oficial deixará o instituto do nosso Barão desassociado de poder e dinheiro; nosso Barão se reinventou nos tempos modernos para atrair financiamento público e pressionar políticos.
Estamos falando do Barão de Itararé. Ou melhor, do “Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé”, um instituto ligado ao movimento dos blogueiros progressistas (BlogProg). A história desse instituto é vinculada ao movimento desde sua fundação e é impossível falar de um sem mencionar o outro. Mas para isso, precisamos voltar um pouquinho no tempo.
Os primeiros blogueiros progressistas a fazerem sucesso na internet foram Paulo Henrique Amorim (do já citado Conversa Afiada) e Luís Nassif (do Jornal GGN). Amorim sempre com duras críticas à Globo, Nassif combatente da Veja. Seguindo seus exemplos, outros blogueiros surgiriam na rede com o intuito de criticar ou expor grandes veículos de mídia, por onde alguns deles haviam passado. Os motivos eram quase sempre os mesmos: a falta de boa vontade dessas grandes publicações com o governo federal.
Com a aproximação das eleições de 2010, a blogosfera progressista viu a necessidade de formar um movimento único com o intuito de formular pautas em comum acordo para a defesa da candidatura de Dilma Rousseff. Era criado então o Movimento dos Blogueiros Progressistas, BlogProg, em São Paulo, com a participação de personalidades como Altamiro Borges (Blog do Miro), Leonardo Sakamoto (Blog do Sakamoto), Luiz Carlos Azenha (Viomundo), além dos já citados Paulo Henrique Amorim e Luís Nassif.
A união dos blogueiros rapidamente chamaria a atenção pública do Partido dos Trabalhadores e de Lula, então presidente, que concederia uma entrevista coletiva a alguns dos donos desses blogs no Palácio do Planalto – algo que foi repetido anos depois, em 2014, no Instituto que leva seu nome.
Durante a reunião que criaria o movimento, foi fundado também o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, presidido por Altamiro Borges (Blog do Miro e Carta Maior).
Após o evento, o instituto recém fundado lançaria a “Carta dos Blogueiros Progressistas”. Preste atenção nessas palavras

“Contudo, produzir um blog independente, no Brasil, ainda é um ato de heroísmo porque não existem meios sólidos de financiamento para exercer a atividade profissionalmente, ou seja, obtendo remuneração.”
O clamor do Barão parece ter surtido efeito: hoje, esses blogs, outrora em crise, recebem patrocínios milionários do governo, através de verbas de publicidade. A farra com o dinheiro público é tão avassaladora que, como a Folha de São Paulo apurou, já houve caso até de um jornal fictício receber verbas publicitárias. LEIA A MATERIA AQUI
Desde que a presidente Dilma chegou ao poder, os gastos com publicidade só aumentaram. Apenas no ano passado, a presidente gastou R$ 210 milhões com campanhas em nome da Presidência da República: um valor mais alto do que o gasto com publicidade com campanhas do Ministério da Saúde.
Mas não pense que a farra termina nos gastos diretos da presidência – ela envolve diversas estatais que tomam dinheiro público para financiar blogueiros ligados ao governo.
Só entre 2010 e 2013, o Conversa Afiada já recebeu R$ 2,48 milhões – apenas a título de comparação, no mesmo período, o site da Veja, com uma audiência incomparavelmente maior, recebeu R$ 559 mil.
Tomando como base uma tabela de acessos divulgada pelo UOL há dois anos, é possível perceber como os gastos não são proporcionais. Naquele ano, o blog de PHA teve 4 milhões de visualizações mensais e recebeu R$ 628,8 mil em publicidade do governo. Ao mesmo tempo, o site da Folha de São Paulo, que tem 127 milhões de visualizações, recebeu pouco mais de R$ 780 mil.
Dessa forma, é possível afirmar que, para cada leitor do blog Conversa Afiada, o governo gastou R$ 0,01 em publicidade enquanto que, para um leitor da Folha, o gasto foi de R$ 0,0005 – cinco centésimos de centavo. Ou seja, o blog de Paulo Henrique Amorim recebeu proporcionalmente 2000% mais dinheiro do que a versão online do maior jornal em circulação no Brasil.
Um caso ainda mais chocante é o do Ópera Mundi: R$ 573 mil para uma audiência de 514 mil visualizações de página/mês. São R$ 0,09 por cada pessoa que visualizou uma página do site, independente dela ter clicado na propaganda ou não – um valor surreal em termos de publicidade. Se o governo resolvesse gastar com publicidade no Facebook na mesma proporção que gastou com o portal Ópera Mundi, teria um rombo de R$ 44 bilhões, dinheiro suficiente para reconstruir todos os estádios da Copa do Mundo do ano passado 5 vezes, e ainda sobraria
As revistas também apresentam disparidades: em 2013, Veja, Época, IstoÉ e Carta Capital receberam, respectivamente, R$ 14,1 milhões, R$ 8,7 milhões, R$ 4,6 milhões e R$ 2,8 milhões. Mas a circulação de cada um desses veículos não corresponde com o gasto de publicidade.

De acordo com a Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER), em 2013, a circulação média de todas essas revistas esteve acima dos 300 mil, exceto a Carta Capital, que vendeu 30.595 exemplares por mês. A tabela abaixo mostra esses valores com precisão.


É importante ressaltar que o pagamento público aos blogs progressistas é muito maior que das revistas, como informam os dados obtidos pela Folha de São Paulo – mais a frente voltaremos a falar sobre eles.
O mídia kit do blog Conversa Afiada (ACEESE AQUIcita, por exemplo, grandes anunciantes: a Câmara Municipal de São Paulo, o programa Minha Casa Minha Vida e a campanha “Pare, Pense, Mude”, do Ministério das Cidades e do Denatran. Outros sites, como é o caso do Diário do Centro do Mundo ACEESE O MIDIA KIT DELE AQUI, tem, entre outros anunciantes, a Prefeitura de São Paulo e a Prefeitura de Maricá (governada pelo Partido dos Trabalhadores). Isso põe em cheque a credibilidade do modelo de distribuição de verbas publicitárias do governo, que afirma ser escolhido com base na audiência dos portais – a chamada “mídia técnica”. Isso tudo, no entanto, não é motivo suficiente para afastar defensores do modelo atual.
O Barão também não fica de fora dessa: apesar de ser um site com uma audiência modesta, que sequer aparece no ranking da Alexa no Brasil (PODE CONFERIR OLHANDO AQUI), a página do Centro de Estudos já abrigou campanhas da Prefeitura de São Paulo (LINK AQUIsobre a Virada Cultural e as chuvas de verão LINK AQUI. A relação entre o instituto e a Prefeitura de Haddad, que quando candidato procurou a ajuda de blogueiros, vai muito além da publicidade: em maio do ano passado, o instituto recebeu R$ 50 mil (VEJA AQUI O EXTRATO DO CONTRATO) da prefeitura da cidade para a realização do “4º Encontro Nacional de Blogueiros e Atividades Digitais”.
A lógica defendida pelo Centro de Estudos Barão de Itararé é a de que a propaganda do governo não deve ter como objetivo atingir o maior número de pessoas, mas sim, “promover ampla liberdade de expressão e, assim, seguir uma lógica distinta da lógica privada de remuneração da mídia por publicidade”.
Ou seja: para o instituto, o governo deve ter o compromisso de manter no ar blogs menores por valores absurdamente altos. Se os sites não alcançam audiência sólida, não agradam o público, não conseguem patrocínio através do mercado, ainda assim o dinheiro do contribuinte deve ser gasto para mantê-los. Não se deve priorizar, por exemplo, levar uma campanha de prevenção ao câncer de mama para o maior número de mulheres: a prioridade deve ser inserir banners de estatais por custos estratosféricos em sites com o mesmo viés ideológico do partido que governa o país.
E, quando o dinheiro da publicidade não é suficiente, os blogueiros recebem também outros patrocínios indiretos. 
A premissa pode até soar interessante, num primeiro momento: defender a liberdade de expressão e a descentralização da mídia dos grandes veículos. Mas, qual é realmente o compromisso dessas publicações? Como mostraremos a seguir, nem sempre com a verdade. A liberdade de expressão aqui, muitas vezes, serve apenas ao intuito de assassinar a reputação de pessoas e organizações.
Algumas organizações da “mídia livre”, que surgiram para denunciar as mentiras da grande mídia – ou “PiG”, como costumam se referir –, hoje, muitas vezes, praticam aquilo que acusam. E pior, com o aval de lideranças partidárias e com participações no mínimo suspeitas.
Não, nem sempre o compromisso da blogosfera governista é com a informação. Não por acaso, muitos desses blogueiros vivem constantemente prestando satisfação à justiça. Só Paulo Henrique Amorim já foi processado pelo menos 37 vezes, em muitas das ocasiões por postar informações dúbias – o blogueiro, entretanto, alega que todos os processos são frutos de perseguições políticas (VEJA AQUI). Algumas vezes, nem mesmo desmentidos oficiais são suficientes para que alguns destes portais parem de repetir desinformações.
Isso tudo, porém, não é motivo suficiente para que essas publicações deixem de receber apoio financeiro do governo.
As alegações de Gentili, acusado de racismo pelo Diário do Centro do Mundo (VEJA A MATÉRIA DO DCM AQUI) (num texto replicado em outros blogs progressistas, como o Pragmatismo Político (LEIA AQUI)), foram também aceitas pela Justiça, que em 2014 o absolveu (VEJA A NOTICIA AQUIdas acusações.
Danilo Gentili, não por acaso, foi uma das primeiras figuras a expôr o funcionamento desses blogs. As críticas, no entanto, incitaram uma espécie de guerrilha virtual contra um comediante que não é ideologicamente alinhado com o governo. Os ataques, de tão numerosos, o levaram a criar o blog “Respondendo Idiotas”, onde ele procura desmistificar as críticas que recebe. 
Seu caso não é uma exceção. Personalidades da imprensa, dos negócios e de blogs não alinhados com o governo são constantemente alvos desses ataques.
Desde 2013, Jorge Paulo Lemann e Verônica Serra, filha de José Serra, sofrem ataques infundados dessas mídias, que os acusam de desviarem dinheiro de paraísos fiscais. Nunca foi apresentado um documento ou evidência concreta desse crime, apenas especulações. Pode ser que essas mídias estejam certas, afinal não se pode esperar nada de honesto vindo de partidários e membros do PSDB, (eu apostaria que sim, mas vamos esperar aparecerem mais provas)
De qualquer forma o motivo da suspeita seria um investimento realizado pelo fundo Innova, que conta com a participação de Verônica e Lemann, numa sorveteria. Na época, o fundo comprou, por R$ 100 milhões, 20% da Diletto, sorveteria fundada em 2007 e em franca expansão: só entre 2013 e 2014, a empresa estimou um crescimento de 60%, passando de um faturamento de R$ 75 milhões, para R$ 120 milhões. Um número impressionante.
Mas os blogueiros, ignorando o potencial da empresa, calcularam que o valor era irreal e daí iniciaram uma cruzada contra o fundo e seus acionistas. Alguns deles apenas reproduziram a notícia da compra com questionamentos sobre os valores, mas o Brasil 247 foi além e tentou associar a compra com misteriosos “recursos de paraísos fiscais”: “de onde realmente veio o dinheiro para um investimento tão sem sentido e o que foi feito com os recursos trazidos de paraísos fiscais para o Brasil?”, dizia o subtítulo de uma das reportagens que, apesar de propor a relação entre lavagem de dinheiro e a empresa, não explicou o motivo da suspeita.
Os blogs também não perdem a chance de atacar outros blogueiros.
Mas a matéria continha uma série de erros – não por acaso, após a reportagem receber 88 caixas com documentos sobre os pagamento do governo, ficou claro para a Folha de que os pagamentos se tratavam de serviços prestados pela Appendix a uma agência licitada pelo governo, a Propeg, e não um pagamento direto ao site. Ao contrário dos blogs que recebem quantias irreais de dinheiro pela publicidade veiculada, a Appendix havia sido contratada pela Propeg justamente pelo contrário – ela ofereceu o menor preço nas licitações.
A Folha se retratou pelo erro num editorial publicado 4 dias depois (veja aqui).
Mesmo com o esclarecimento do caso – tanto por parte da Folha de São Paulo, como por parte de Gouveia– diversos blogueiros continuaram batendo no caso, incluindo agora uma sócia da Appendix, Cristina Ikonomidis, por já ter trabalhado na Secretaria de Cultura de São Paulo. O blog do Luís Nassif chegou a fazer uma tabelinha conspiratória de supostas ligações entre José Serra, estatais, secretários do governo e Cristina, numa postagem que tentava associar todos os envolvidos ao Implicante. Tudo especulação, mas vamos aguardar, quem sabe um dia apareçam provas que certamente não surgirão dessas mídias "progressistas"
E as conspirações não terminam por aí. Em meio aos protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff que tomaram conta do país no início do ano, a Revista Fórum comprou a versão conspiratória da esquerda americana sobre os movimentos conservador e libertário dos Estados Unidos, reciclou nas cores verde e amarela e tentou associar os protestos do Movimento Brasil Livre (MBL) com os acontecimentos do exterior VEJA A MATERIA COMPLETA AQUI. O texto foi replicado pela Carta Capital LEIA AQUI.
Segundo a matéria, os bilionários irmãos Koch estavam financiando os protestos no país. A evidência apontada eram os valores pagos pelos irmãos ao movimento Students for Liberty (SFL), representado no Brasil pelo Estudantes pela Liberdade, e que possuía laços com representações do MBL. O que a revista omitiu era que os valores pagos pelos irmãos ao SFL nos últimos 16 anos representou menos de 6% de toda a receita do instituto, que é majoritariamente bancado pelos seus adeptos.
Quem está por trás de alguns desses blogs é algo que você verá na segunda reportagem dessa série.

A UNE está enganando vocês e usando seu dinheiro para defender o PT

A UNE (União Nacional dos Estudantes) entidade que se auto-proclama defensora dos estudantes, agindo em nome de todos os estudantes , muitas vezes sem que os estudantes saibam a verdade por trás desse movimento

No papel, uma entidade privada em defesa dos estudantes. Na prática, uma organização que defende os interesses do governo, ainda que contrários aos seus princípios – e recebe dinheiro público para isso.
Historicamente, a União Nacional dos Estudantes, que você provavelmente conhece como UNE, ocupou um papel de oposição a todos os governos brasileiros. Ou melhor, quase todos. Tudo mudou quando o ex-presidente Lula chegou ao Planalto, em 2003.
De lá pra cá, a entidade passou a receber verdadeiras montanhas de dinheiro público que pouco ou quase nunca é fiscalizado. Em troca, sai sempre em defesa do governo.
No início do ano, por exemplo, a UNE mobilizou-se em defesa do governo Dilma, apesar do corte anunciado de R$ 9 bilhões no orçamento da Educação. Em suas pautas, a organização diz ser contra o corte (VEJA AQUI). Mas pouco se entusiasmou em fazer oposição ao ajuste. Preferiu continuar investindo em favor do partido que governa o país e da Petrobras.
Sim, da Petrobras. A defesa da estatal é uma pauta antiga da entidade. Em 2009, durante seu Congresso anual, a UNE saiu em defesa dela. O evento, no entanto, foi bancado com recursos da própria estatal, que doou R$ 100 mil para sua organização, e em março, repetiu a dose, dessa vez falando também em nome da democracia e do governo.
Não foi por acaso: só a Petrobras já destinou R$ 750 mil para a UNE ao longo dos últimos anos. As manifestações, que eclodiram num momento em que a estatal passa por uma enorme crise financeira, foram uma forma de dizer “obrigado” pelo apoio no passado.

Mas, afinal, quanto a UNE recebeu do governo
 nos últimos anos?
Fomos atrás dos dados para responder essa pergunta. As informações foram recolhidas no portal da transparência da Petrobras (Podem ser acessados aqui), nos patrocínios do BNDES Vistos aqui e nos Convênios do Portal da Transparência Pesquisados aqui.
No total, desde 2006, a UNE já recebeu R$ 55,9 milhões da administração pública, entre doações de estatais, transferências diretas e patrocínios de ministérios. Dinheiro que saiu do seu bolso.
Lula foi o campeão em doações: ao deixar o Planalto, a gestão do ex-presidente havia contribuído com incríveis 97,4% de todo o dinheiro público Segundo o Contas Abertas (fonte confiável) que chegou até os cofres da UNE. Dilma continuou com os repasses, mas em ritmo um pouco mais lento: foram repassados “somente” R$ 14 milhões durante seu governo
São cifras impressionantes, ainda mais levando-se em conta que a organização possui suas próprias formas de levantar fundos – como a venda de carteirinhas (monopolizada no país) e a cobrança de entrada em seus eventos.
O que, então, a UNE faz com todo esse dinheiro? Boa pergunta, ninguém sabe
PARA QUE ESSE DINHEIRO É USADO?
O dinheiro que chega até a UNE tem diversos destinos, nem sempre voltados para a educação.
Dos R$ 55,9 milhões que a entidade recebeu nos últimos anos, a maior parte – R$ 44,6 milhões – veio do Ministério da Justiça, em duas ocasiões: R$ 30 milhões em 2010 e mais 14,6 milhões em 2013.
O dinheiro foi transferido para a entidade sob a alegação de ser uma indenização pelo incêndio de sua sede na Praia do Flamengo, ocorrido logo após o golpe de 1964. O valor repassado correspondia a 6 vezes o valor de mercado do terreno segundo análises informais de corretores de imóveis locais e tinha como destino a construção de uma nova sede, no lugar da sede histórica destruída pelos militares.
As obras, no entanto, demoraram para sair do papel e só começaram em 2012. Um ano depois, mais um repasse – dessa vez de R$ 14 milhões para acelerar a construção do prédio. Mas a UNE não quis gastar esse dinheiro: viu uma grande oportunidade de negócio sem colocar a mão no bolso.
O terreno, que está em nome da UNE desde 2007, fica numa região privilegiada do Rio de Janeiro, a poucos metros do metrô e de frente para a praia. É um lugar excepcional, do interesse de diversos investidores interessados em explorá-lo comercialmente por valores bem altos. E aqui, a UNE não pensou duas vezes. O capitalismo falou mais alto.
A entidade fez uma parceria com uma investidora, que prometeu bancar a obra para a organização, desde que ela cedesse algumas salas para exploração comercial. Negócio fechado.
A Torre do Flamengo, como será chamado o edifício, custará agora R$ 65 milhões, mas ninguém sabe ao certo quanto disso será bancado pelos 44 milhões de reais que a UNE possui em caixa. Acredita-se, até mesmo, que a organização não precisará colocar um centavo na obra.
O jornal O Estado de São Paulo , que revelou essas informações em maio, procurou contato com a UNE para entender como a organização está aplicando esses milhões que recebeu do governo, mas não obteve retorno. A resposta também não foi encontrada em seu site oficial, que carece de dados sobre prestações de contas.ACESSE A MATÉRIA AQUI
Apesar de movimentar literalmente milhões de reais de dinheiro público, a UNE não oferece nenhuma transparência sobre seus gastos. Alguns links antigos sobre prestações de conta que existiam no site, encontram-se quebrados (VEJA VOCÊ MESMO).
A WTorre, construtora contratada (vejam essa materia do Antagonista, muito boa e citando fontes confiáveis) pela UNE para a obra, também levanta suspeitas: tem como clientes diversas estatais e ligações estranhas com o ex-ministro Antônio Palocci. Desde maio, a empreiteira está sendo investigada pela força-tarefa da Operação Lava Jato, por suspeitas de que tenha intermediado um esquema que desviou pelo menos R$ 2 milhões, sob o comando de Palocci.

POR QUE A UNE ESCONDE SEUS GASTOS?
Seu histórico pode explicar um pouco do que motiva esse mistério sobre suas contas.
Dos diversos projetos culturais da UNE que receberam repasse direto do Fundo Nacional da Cultura, boa parte está há anos parado na situação “aguardando prestação de contas”.
Em 2012, após diversos calotes no governo, a UNE foi marcada como inadimplente no Cadin. A ação motivou o Tribunal de Contas da União a investigar os gastos da organização, quando foi descoberto uma série de irregularidades.
O TCU descobriu, por exemplo, que alguns gastos eram comprovados com notas frias: a UNE estava, na verdade, utilizando o dinheiro repassado pelo Ministério da Cultura para comprar cerveja, cachaça e whisky e outras bebidas alcoólicas. O dinheiro também foi gasto na compra de celulares, ventiladores, velas e até búzios.(LEIA A NOTÍCIA COMPLETA NESTE LINK ACIMA E CHEQUEM OS CONVÊNIOS FRAUDULENTOS, UM ERRO NO SISTEMA ESTÁ ME IMPEDINDO DE COLOCAR OS LINKS OFICIAIS DIRETOS DO PORTAL DA TRANSPARÊNCIA, ENTRE EM CONTATO PARA RECEBÊ-LOS SE ESTIVER COM PREGUIÇA DE PESQUISÁ-LOS RSRS)

Contas de energia e a impressão do jornal da UNE também teriam sido custeados pelo dinheiro, que deveria ter sido gasto exclusivamente para projetos culturais previamente selecionados.
Os problemas, contudo, não param nos gastos. Eles começam na origem: os repasses.
Em 2008, a UNE recebeu um repasse de R$ 250 mil do Ministério do Esporte para a realização de sua 6ª Bienal. Na época, a pasta era comandada por Orlando Silva, militante do PCdoB e ex-presidente da UNE.
Além de repassar o dinheiro, o Ministério não fez nenhum pedido de prestação de contas à UNE. Uma solicitação desses documentos só foi feito após o TCU encaminhar um pedido à pasta. O TCU descobriu então que o prazo legal para a prestação de contas, na verdade, já tinha expirado, mas o Ministério não havia feito nenhuma notificação quanto a isso (CONFIRA A NOTÍCIA). Em bom português: não estava dando a menor bola para a forma que o dinheiro havia sido gasto.
Além do dinheiro repassado pelo Ministério do Esporte, as contas de um repasses do Ministério da Ciência e de outros 4 repasses do Ministérios da Cultura foram declaradas como irregulares pelo TCU e uma Tomada de Contas Especiais foi instaurada sob um repasse de R$ 2,8 milhões feito pelo Ministério da Saúde à UNE.

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Todos esses problemas levaram a Controladoria Geral da União a impedir a UNE de firmar novos convênios ou receber repasses da administração pública até que a situação seja regularizada (VEJA A NOTA DE IMPEDIMENTO NO PORTAL DA TRANSPARÊNCIA)– algo que, se depender da UNE, deve se arrastar por vários anos.
Agora, resta saber por quanto tempo a organização ainda manterá sua linha governista sem as verbas públicas que nos últimos 9 anos compuseram alguns milhões consideráveis do seu orçamento.
O que fica bem claro nisso tudo é que, se para a UNE a educação não é mercadoria COMO ELES DIZEM NO SITE OFICIAL DELES, o apoio político é. E custa caro – para o seu bolso.


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